quarta-feira, 31 de dezembro de 2008

Por causa dela


Queria chegar à locadora, escolher o filme e voltar pra casa antes de o temporal desabar. Por isso, só mesmo um olhar rápido para cada dvd em exposição. Escuta o trovão lá fora, escuta. Anda rápido com isso, sá.

Este eu já vi, este também... Ah, sim, ali! Nação Fast Food! Nossa, eu já ouvira falar bem do filme. Deixe-me ler atrás do dvd. Era uma daquelas ficções de crítica à sociedade norte-americana (não tão panfletários quanto os filmes documentários de Michael Moore. Na verdade, nem um pouco panfletário, eu vi depois. Pelo contrário). Dessa vez, o alvo eram as redes de fast-food dos EUA. No filme, elas ganham personificação na rede Mickey's que, ao final das contas, é o personagem principal do filme. Vai esse mesmo.

-Moça, vou levar esse aqui.Justificar
-Só? - olha pra capa e, depois, pra mim.
-Sim.
-Você não está levando ele só por causa dessa menina aqui não, né? - ela aponta com o dedo para o contorno do território estadunidense na capa, particularmente para o ponto onde está Avril Lavigne, uma das atrizes do filme.
-Ahn??
-É, essa menina aqui. Porque, se for só por causa dela, fiquei sabendo que ela aparece no filme só por uns cinco minutos.


Acho que minha cara condena.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2008

Meta texto

As férias em que estou agora passaram por aqui primeiro. Um período em que as postagens ficaram só nas idéias mesmo. Não raro, e tão frequente, coisas conteciam e já entravam no seleto (nem tanto assim) grupo de coisas eleitas para se destrinchar aqui. Só que, ainda que virtualmente, não chegaram a se materializar. Dó.

Quatro meses e uns poucos dias. É muita coisa pra quem criou esse blog dizendo que estava sentindo falta de algo para se expressar livremente sobre qualquer coisa, a qualquer hora e em qualquer local (salvas as habituais restrições). Tudo ficava pr'um depois e se perdia por aí. Engraçado que nem chegavam a existir, ou existiam só pra mim. Na verdade, existiam no mundo. Mas o formato pra entrar aqui, só eu podia dar. E não fiz.

Falta de tempo? Talvez. Mas ainda que tudo tenha sido tão corrido nestes cento e trinta e poucos dias, sempre houve tempo para bobagens. Não que este aqui seja uma delas (e que mal há se for?), mas por que escrever aqui, sem (quase) nenhum tipo de amarra, foi para o final de uma lista de prioridades cuja execução se deu aleatoriamente? Nada. As horas n'algum computador foram preenchidas com trabalho (uma parte considerável. O trabalho em campo ainda é mais saudável, creio eu depois de comparações. Os olhos podem lacrimejar, mas por outros motivos), faculdade, uma incrível baixa de discos, sites mil, caixas de correios abarrotadas e interações em redes virtuais viciantes.

Posso me lembrar de algumas coisas. Uma certa viagem aos confins de Minas rendiam algumas boas - uma tribo indígena sem nada e com muito coração, um taxidermista (empalhador) dono de um museu de antiguidades às margens da BR 116, um charlatão dos mais simpáticos que já conheci na vida. Ou então, a espera por ônibus e a permanência nos mesmos também. Isso sempre estimula vários posts. A espera em consultórios, gabientes e afins, também. Ademais, essas coisas de praxe - comentar política, religião, esportes e tal, não com a competência esperada, mas com um esforço pretendido.

Se fez falta? É, fez. Em alguns momentos é uma válvula de escape. E um termômetro de como andam as coisas na sua vida também. Lendo os primeiros posts, percebi o quanto de mim mudou neste meio-tempo. Talvez nem os mais próximos percebam. São coisas que só eu vou saber, pra todo o sempre.

Então, é Natal. Mais um bocado de coisas pululam na minha frente e pedem pra receber um tratamento bloguístico. Deixem-me ver se consigo.