Um personagem da vida real pode, porventura, ganhar as "páginas" do blog daqui em diante.
Sempre de cócoras defronte ao portão verde de casa, na mais genuína representação inconsciente da pose de Jeca Tatu. Esse é o Sérgio. Vizinho calouro em meio a vizinhas veternas, o Sérgio se arranchou na casa que dá de frente pra minha, lá em Cajuru, há cerca de dois anos. E, na sua quietude permanente, que toma forma em um corpo esguio, cabelos grisalhos e um bigode escuro bem-aparado, ele se faz notável.
Além de vínculos afetivos, Sérgio também tem ligações de sangue com as moradoras. É pai da mocinha da casa do portão verde, que, em meio a um pique-esconde e outro, vira-e-mexe me falava sobre o Sérgio. "Hoje vou visitar meu pai".
Um dia minha mãe me explicou a situação. A mãe da mocinha namorou um tempo com o Sérgio, e a mocinha foi fruto desse namoro. Na época, ele já tinha se separado de outra mulher e tinha, inclusive, filhas crescidas.
Quando ainda morava em Cajuru, notei que o Sérgio vinha visitando muito a mocinha da casa do portão verde. A mãe, sempre uma anfitriã das melhores. E a mocinha, cuja característica mais marcante é a simplicidade por trás de um corpanzil generoso, mantinha o sorriso durante toda a visita.
E ele foi se achegando. Ironia do destino ou não, o dono da casa ao lado da casa de portão verde foi-se embora pra outras bandas. "Aluga-se". Não demorou muito, o Sérgio era o inquilino. E os dias da mocinha e da mãe dela pareciam mais felizes. "Pai!?". Todo o dia a mocinha chamava no portão para oferecer um prato de comida, um saco de biscoitos ou mesmo um dedo de prosa.
Hoje, quando estou em Cajuru, é impossível não vê-lo. Quando abro o portão da rua, em qualquer hora do dia, Sérgio é o primeiro que vejo. De cócoras, defronte ao portão verde. Dá até mais segurança de sair de casa. Ele vai estar sempre olhando pra ela. E para as outras casas. Para os cães que passeiam. Para a rua.
Sempre de cócoras defronte ao portão verde de casa, na mais genuína representação inconsciente da pose de Jeca Tatu. Esse é o Sérgio. Vizinho calouro em meio a vizinhas veternas, o Sérgio se arranchou na casa que dá de frente pra minha, lá em Cajuru, há cerca de dois anos. E, na sua quietude permanente, que toma forma em um corpo esguio, cabelos grisalhos e um bigode escuro bem-aparado, ele se faz notável.
Além de vínculos afetivos, Sérgio também tem ligações de sangue com as moradoras. É pai da mocinha da casa do portão verde, que, em meio a um pique-esconde e outro, vira-e-mexe me falava sobre o Sérgio. "Hoje vou visitar meu pai".
Um dia minha mãe me explicou a situação. A mãe da mocinha namorou um tempo com o Sérgio, e a mocinha foi fruto desse namoro. Na época, ele já tinha se separado de outra mulher e tinha, inclusive, filhas crescidas.
Quando ainda morava em Cajuru, notei que o Sérgio vinha visitando muito a mocinha da casa do portão verde. A mãe, sempre uma anfitriã das melhores. E a mocinha, cuja característica mais marcante é a simplicidade por trás de um corpanzil generoso, mantinha o sorriso durante toda a visita.
E ele foi se achegando. Ironia do destino ou não, o dono da casa ao lado da casa de portão verde foi-se embora pra outras bandas. "Aluga-se". Não demorou muito, o Sérgio era o inquilino. E os dias da mocinha e da mãe dela pareciam mais felizes. "Pai!?". Todo o dia a mocinha chamava no portão para oferecer um prato de comida, um saco de biscoitos ou mesmo um dedo de prosa.
Hoje, quando estou em Cajuru, é impossível não vê-lo. Quando abro o portão da rua, em qualquer hora do dia, Sérgio é o primeiro que vejo. De cócoras, defronte ao portão verde. Dá até mais segurança de sair de casa. Ele vai estar sempre olhando pra ela. E para as outras casas. Para os cães que passeiam. Para a rua.
2 comentários:
O mais bacana até hoje. Adoro ler coisas sobre pessoas (e falar delas também).
Só não entendi o porquê de cócoras...
Eu sei que lah na minha terra rola muito esse negócio de parto de cócoras
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